"1917", de Sam Mendes Beleza Americana anunciou o surgimento de um realizador ousado, contudo, Sam Mendes nunca conseguiu concretizar a promessa dessa sua primeira longa-metragem por completo. A Máquina Zero e Revolutionary Road faltava a ressonância emocional das suas ambições e Skyfall limitava-se a repetir momentos e desenvolvimentos de O Cavaleiro das Treva s, do seu conterrâneo e contemporâneo Christopher Nolan, resumindo-se a um mero exercício de copy and paste que pouco ou nada possuía de entusiasmante. Felizmente, é mesmo com 1917 que tudo muda e o britânico volta a evidenciar traços do autor que pensamos que poderia ser. Desta feita, Mendes inspira-se nas histórias que o avô Alfred H. Mendes lhe costumava contar e por múltiplos documentos encontrados no Museu de Guerra Imperial para conceber um arrojado projeto cinematográfico: encenar a via sacra de um duo de soldados numa missão que os vai levar até um inferno terreno num plano-sequência que nunca é queb