Uma odisseia caleidoscópica pela história norte-americana, encenada com uma vibração épica, a meio-caminho entre a ópera pop e a tragédia clássica, assim podemos descrever "Elvis", de Baz Luhrmann, simultaneamente, uma biografia narrativamente convencional e uma tese sobre o lugar do seu protagonista na cultura e, consequentemente, na sociedade estadunidense, "ontem como hoje". 1997, Los Angeles. Andreas Cornelius van Kuijk deambula pelos casinos da cidade, enquanto espera que a morte o venha buscar (tudo indica que não falta muito...). Andreas será mais reconhecível pelo seu pseudónimo, Coronel Tom Parker (parafraseando uma das melhores frases do filme, "vocês nem é um Coronel, nem um Tom, muito menos um Parker"). Um vigarista holandês, que construiu uma existência relativamente pacata em feiras ambulantes nos EUA, onde utilizava os seus talentos para negociatas (e falta de princípios éticos) para fazer algum dinheiro, sempre que tal fosse possível. O te