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A mostrar mensagens de maio, 2023

DESTAQUE DA SEMANA

"Os Filhos dos Outros" ("Les Enfants des Autres"), de Rebecca Zlotowski OUTRAS ESTREIAS: "Rebelde" ("Rebel"), de Adil El Arbi, Bilall Fallah "Velas Escarlates" ("L'Envol"), de Pietro Marcello "A Pequena Sereia" ("The Little Mermaid"), de Rob Marshall "Cavaleiros do Zodíaco" ("Knights of the Zodiac"), de Tomek Baginski "A Morte de uma Cidade", de João Rosas (Exclusivo Cinema Ideal) "Dreaming Walls: Inside the Chelsea Hotel", de Maya Duverdier, Amélie van Elmbt (Exclusivo Cinema Ideal)

CRÍTICA - "A SINDICALISTA"

Em 2020, o cineasta Jean-Paul Salomé dirigiu Isabelle Huppert em "Agente Haxe" (no original, "La Daronne" ). Os constrangimentos desencadeados pela conjuntura pandémica dificultaram o lançamento do filme, eventualmente, recebido pela crítica com um encolher de ombros e ignorado pelo público. Resumindo, "Agente Haxe" não foi um sucesso. No entanto, Salomé e Huppert desenvolveram uma amizade que os levou querer trabalhar juntos novamente. Assim, nasceu "A Sindicalista" , um thriller baseado em factos verídicos, onde Huppert dá corpo a Maureen Kearney, a sindicalista titular, que foi intimidada e violentada por estranhos em sua casa, após denunciar a existência de um contrato secreto com a China, que iria desmantelar a Areva, a maior empresa francesa estatal do setor nuclear com expressão europeia, lançar milhares de pessoas para o desemprego e transferir tecnologia para aquele país. Uma situação que rapidamente se virou contra ela, já que a

DESTAQUE DA SEMANA

"A Sindicalista" ("La Syndicaliste"), de Jean-Paul Salomé OUTRAS ESTREIAS: "Seca" ("Siccitá"), de Paolo  Virzì "Velocidade Furiosa X" ("Fast X"), de Louis  Leterrier "Marinheiro das Montanhas", de Karim  Aïnouz "Chile, 1976", de Manuela Martelli "Fato Macaco", de André Costa (Exclusivo Cinema Fernando Lopes) Ciclo Kinuyo Tanaka

CRÍTICA - "MAL VIVER" E "VIVER MAL"

João Canijo continua a sublimar as suas tendências voyeuristas. No díptico "Mal Viver" e "Viver Mal" , abandonamos o território militantemente realista de "Sangue do Meu Sangue" e "Fátima" ("o realismo social ficou morto e enterrado com o Fátima", anunciava o próprio Canijo numa entrevista recente), a meio-caminho entre John Cassavetes e Luc e Jean-Pierre Dardenne . Desta vez, andamos mais próximos do cinema de Ingmar Bergman , das suas personagens amarguradas, diálogos eloquentemente violentos e ambiência fantasmática. Estamos num hotel decadente, em Ofir ("uma espécie de Cascais do Porto nos anos 1950 e 1960", segundo Canijo ), propriedade de Sara ( Rita Blanco ), que continua a gerir aquele espaço, juntamente com as filhas Piedade ( Anabela Moreira ) e Raquel ( Cleia Almeida ). Que saibamos, apenas Ângela ( Vera Barreto ), cozinheira e "faz tudo", ali vive e trabalha sem um vínculo sanguíneo com aquelas mul

DESTAQUE DA SEMANA:

"Mal Viver" e "Viver Mal", de João Canijo OUTRAS ESTREIAS: "Do Jeito Que Elas Querem - Um Novo Capítulo" ("Book Club: The Next Chapter"), de Bill Holderman "Amar... De Novo" ("Love Again"), de Jim Strouse "Rodeo" ("Rodéo"), de Lola Quivoron "Argonautas: Heróis do Olimpo" ("Pattie et la Colère de Poséidon"), de David Alaux e Jean-François Tosti "Jeepers Creepers Renasce" ("Jeepers Creepers Reborn"), de Timo Vuorensola

CRÍTICA - "BEAU TEM MEDO"

Em 2008, Casey Affleck e Joaquin Phoenix idealizaram um esquema delirante que quase descarrilou as suas carreiras. Joaquin renunciaria à sua carreira de ator, sob o pretexto de ambicionar reinventar-se enquanto músico de hip-hop, enquanto Casey  documentava o que lhe ia acontecendo à medida que procurava estabelecer essa segunda carreira. Resumidamente, essa era a base de "I'm Still Here" , a primeira longa-metragem de Affleck enquanto cineasta. À data, ninguém ficou muito contente com o aparecimento do filme. O público ficou confuso com o sucedido, a indústria sentiu-se enganada (alguns com muita razão...) e a crítica recebeu o filme com um encolher de ombros. No entanto, "I'm Still Here" envelheceu bem, tornando-se mesmo num pequeno fenómeno de culto. Entre os seus admiradores, encontra-se Ari Aster , o autor de "Hereditário" e "Midsommar - O Ritual" , que se tem vindo a evidenciar como um dos mais idiossincráticos (e, consequente

DESTAQUE DA SEMANA

"Beau Tem Medo" ("Beau Is Afraid"), de Ari Aster OUTRAS ESTREIAS: "Guardiões da Galáxia Vol.3" ("Guardians of the Galaxy Vol. 3"), de James Gunn "A Estranha Comédia da Vida" ("La Stranezza"), de Roberto Andò "Saint Omer", de Alice Diop "Simone, A Viagem do Século" ("Simone, Le Voyage du Siècle"), de Olivier Dahan "Têm de Vir Vê-la" ("Tenéis que venir a verla"), de Jonas Trueba "Vadio", de Simão Cayatte "Mavka: A Alma da Floresta" ("Mavka. Lisova pisnya"), de Oleksandra Ruban e Oleg Malamuzh "Yoon", de Pedro Figueiredo Neto e Ricardo Falcão

CRÍTICA - "SISU"

Puro entretenimento. A terceira longa-metragem do finlandês Jalmari Helander é um cruzamento demente entre "Mad Max" e "John Wick" , com pozinhos de "Por um Punhado de Dólares" e "Sacanas Sem Lei" , que coloca todas as ferramentas do meio cinematográfico ao serviço do divertimento, num exercício lúdico de deixar qualquer fã de boa "parvoíce" a salivar. Estamos em 1944, na Lapónia, Finlândia. Aatami Korpi ( Jorma Tommila ) é um ex-combatente, conhecido (e temido) como "O Imortal", que virou as costas ao seu passado violento. Um dia, encontra uma enorme quantidade de ouro e parte em direção à cidade mais próxima, para começar uma vida nova. No entanto, as coisas complicam-se quando "esbarra" numa patrulha nazi, que não faz a mais pequena ideia do quão perigoso ele é... Quem conhece os filmes anteriores de Helander , "Rare Exports" (incompreensivelmente, inédito no mercado português) e "Big Game - Ins