A cinematografia italiana sempre teve uma predisposição invulgar para produzir frescos históricos. Porquê? Só podemos especular, no entanto, o certo é que foi mesmo de Itália que vieram títulos como "Novocento" (Bernardo Bertolucci, 1976), "Os Sonhadores" (Bernardo Bertolucci, 2003), "A Melhor Juventude" (Marco Tullio Giordana, 2003) ou "Sonhos Cor-de-Rosa" (Marco Bellochio, 2016). "Às Coisas Que Nos Fazem Felizes", de Gabriele Muccino, dá continuidade a essa honrosa tradição, focando-se nas aventuras de Giulio (Pierfrancesco Favino), Paolo (Kim Rossi Stuart), Riccardo (Claudio Santamaria) e Gemma (Michaela Ramazzotti), amigos de infância (e, ocasionalmente, um pouco mais do que isso) que, durante 40 anos de vida, vão viver (e, nalguns casos, sobreviver) aos mesmos acontecimentos, tanto pessoais como históricos. Obviamente, "A Melhor Juventude" assume-se mesmo como a principal inspiração de "Às Coisas Que Nos Fazem Felize