The Corner

 DESTAQUE DA SEMANA: OUTRAS ESTREIAS:

  "RIFKIN 'S FESTIVAL" HOLLYWOOD COLOCOU WOODY ALLEN DE LADO PERMANENTEMENTE, LEVANDO MESMO AO APARECIMENTO DE DISCURSOS QUE TENTAM QUESTIONAR O LUGAR INAMOVÍVEL QUE O AUTOR DE "ANNIE HALL" E "MANHATTAN" OCUPA NA HISTÓRIA DO CINEMA CONTEMPORÂNEO (AMERICANO OU NÃO), NO ENTANTO, ISSO NÃO O IMPEDIU DE CONTINUAR A SER EXTRAORDINARIAMENTE PROLÍFICO, MANTENDO UMA INVEJÁVEL MÉDIA DE UM FILME POR ANO AOS 85 ANOS... EM "RIFKIN 'S FESTIVAL" , ENCONTRAMO-LO EM TERRITÓRIO FAMILIAR. ISTO É, A ENCENAR AS DEAMBULAÇÕES DE UM NOVA-IORQUINO INTELECTUAL E NEURÓTICO QUE PROCURA UMA RESPOSTA PARA AS GRANDES PERGUNTAS (QUAL É O SENTIDO DA VIDA? SERÁ QUE A EXISTÊNCIA SE LIMITA AO TEMPO QUE PASSAMOS NO PLANO TERRENO OU HAVERÁ ALGO MAIS?), ENQUANTO ANDA À DERIVA NO INTERIOR DA SUA PRÓPRIA HISTÓRIA, TENDO COMO PANO DE FUNDO UMA CIDADE EUROPEIA, NESTE CASO, SAN SEBÁSTIAN, QUE ALLEN TRANSFORMA NUM CENÁRIO DE INFINITOS PARADOXOS, ONDE O ENCANTO DOS LUGARES ACOLHE

DESTAQUE DA SEMANA: OUTRAS ESTREIAS: (EXCLUSIVO CINEMA CITY)

"CAIXA NEGRA", DE YANN GOZLAN REALIZADOR DE "CAPTIVES" (EXIBIDO NA DEFUNTA MOSTRA SYFY DE CINEMA FANTÁSTICO, MAS NUNCA ESTREADO COMERCIALMENTE) E "UM HOMEM IDEAL" (CIRCUNSCRITO A PONTUAIS EXIBIÇÕES TELEVISIVAS E VIDEOCLUBES), YANN GOZLAN FINALMENTE CONSEGUE ESTREAR UM FILME SEU NAS SALAS DE CINEMA NACIONAIS E APETECE DIZER QUE OS PORTUGUESES NÃO PODIAM DEPARAR COM UMA MELHOR PORTA DE ENTRADA PARA A SUA OBRA. EM "CAIXA NEGRA" , GOZLAN LEVA-NOS AGORA ATÉ AO MUNDO SOMBRIO E EXTREMAMENTE COMPETITIVO DA AERONÁUTICA, ONDE OS ALTOS VALORES MONETÁRIOS ENVOLVIDOS E À AUTOMATIZAÇÃO DOS AVIÕES COLOCA EM CENA QUESTÕES IMPORTANTES NA RELAÇÃO HOMENS/MÁQUINAS E NOS JOGOS DE PODER ENTRE GRANDES EMPRESAS E O PRÓPRIO ESTADO. TUDO COMEÇA COM A QUEDA DE UM AVIÃO NOVINHO EM FOLHA NOS ALPES. MATHIEU VASSEUR (PIERRE NINEY, COQUELUCHE DO ATUAL CINEMA FRANCÓFONO E ATOR FETICHE DE GOZLAN), UM ESPECIALISTA NA ANÁLISE DE CAIXAS NEGRAS, É SUBITAMENTE COLOCADO À FRENTE DO C

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"A LENDA DO CAVALEIRO VERDE", DE DAVID LOWERY O cinema nunca ocultou um certo fascínio pelo mito arturiano, ciclicamente regressando aos tempos que "a espada era a lei" para dramatizar os eventos que todos conhecemos moderadamente bem, procurando reencontrar não só o charme antiquado da grande aventura, mas também o poder simbólico, existencial e filosófico da fábula. No entanto, parecia continua a sentir-se uma relativa escassez de títulos genuinamente memoráveis, capazes de nos providenciar filmes que não fiquem aquém do estatuto de tão incontornáveis ícones da cultura contemporânea. Em "A Lenda do Cavaleiro Verde", o norte-americano David Lowery conseguiu tamanho feito, demonstrando-se apto para desenvolver uma experiência puramente sensorial, que rompe com tudo aquilo que nos habituámos a associar às aventuras medievais. Baseado poema "Sir Gawain e o Cavaleiro Verde", o filme acompanha Gawain (Dev Patel), sobrinho imprudente e obstinado do en

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