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A mostrar mensagens de agosto, 2023

CRÍTICA - "FALA COMIGO"

Fundado em 1978 por John Earle e Sterling Van Wagenen, o Festival de Sundance continua a providenciar uma rampa de lançamento a jovens cineastas, com poucos meios e muita criatividade. Em 2023, os gémeos Danny e Michael Philippou contaram-se entre as mais impressionantes revelações do certamente, devido à sua primeira longa-metragem, "Fala Comigo" (ou "Talk to Me" no original), um filme de terror, com um orçamento de "apenas" 4 milhões de dólares (minúsculo para o contexto anglosaxónico), oriundo das paisagens quentes da Austrália, que se tem vindo a assumir como um dos títulos mais falados do ano. Primeiro, foram as críticas extremamente positivas, ecoadas pela imprensa europeia, no Festival de Berlim, onde passou cerca de um mês mais tarde, depois, autores como Steven Spielberg , Peter Jackson , Jordan Peele ou Ari Aster confessaram a sua admiração por "Fala Comigo" e, por fim, o público foi às salas, tornando-o num dos casos de sucesso m

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CRÍTICA - "FALCON LAKE"

Durante os Novos Encontros do Cinema Português, decorridos no  Batalha Centro de Cinema  entre 6 e 7 do passado mês de junho, Pedro Borges, fundador da  Midas Filmes , disse que os chamados "distribuidores independentes", pelo menos, os que se especializam em cinematografias que não a norte-americana, tentam evitar estrear filmes durante o verão. A afirmação comprova-se, quanto mais não seja, porque é óbvio e incontestável que entidades como a  Alambique , a  Films4You  e a própria  Midas  têm andado mais silenciosas que o habitual, no entanto, como qualquer generalização falha por imprecisão, é que a  Leopardo Filmes , de Paulo Branco, têm estreado novos títulos quase semanalmente e  "Falcon Lake" , a primeira longa-metragem da quebequense  Charlotte Le Bon , discretamente lançado no coração da chamada  silly season , é um dos acontecimentos mais singulares da paisagem cinematográfica de 2023. Na verdade, trata-se de um dos títulos que integrou a Quinzena dos Reali

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OUTRAS ESTREIAS: (Exclusivo Cinema Trindade)

CRÍTICA - "A FUGA DOS LULUS"

"Amor ou Consequência" ("Jeux D'enfants") colocou o nome de Yann Samuell nas bocas do mundo (e juntou Guillaume Canet e Marion Cotillard , possivelmente, o casal mais mediático do cinema francês). Em Portugal, nunca o reencontramos, ainda que "La Guerre des Boutons" , de 2011, tenha mobilizado imensos gauleses às salas. Esta semana, o seu cinema volta a ocupar um lugar no circuito comercial lusitano, chama-se "A Fuga dos Lulus" , "La Guerre des Lulus" no original, baseado na banda-desenhada homónima de Régis Hautière e Hardoc, que permite ao cineasta regressar ao seu tema predileto, a infância. Lucas ( Tom Castaing ), Luigi ( Mathys Gros ), Lucien ( Loup Pinard ) e Ludwig ( Léonard Fauquet ) formam os Lulus. Órfãos, residentes na Abadia de Valencourt, comanda pelo Abade Turpin ( François Damiens a fazer de François Damiens , isto é, a apresentar um misto característico e inconfundível de um charme patusco com um invulgar toque d

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CRÍTICA - "PÔR DO SOL: O MISTÉRIO DO COLAR DE SÃO CAJÓ"

Em agosto de 2021, os portugueses experienciaram o seu primeiro estio "pós-pandémico", com menos receios e constrangimentos. O sucesso comprovado das vacinas e o plano orquestrado para as administrar sugeria que, se calhar, podíamos mesmo ter esperança por um futuro que se assemelhasse ao passado. No entanto, continuava a sentir-se um incomensurável peso melancólico no ar. Afinal, a COVID-19 encarcerou-nos, brincou com os nossos sentimentos e, em última instância, levou-nos a temer pela viabilidade do nosso futuro enquanto espécie. Nesse contexto, dantesco por definição, a RTP fez jus aos seus princípios fundadores e serviu o público, oferecendo-nos um bombom televisivo na forma de  "Pôr do Sol" , uma sátira às telenovelas que dominam o primetime dos canais generalistas há mais de 40 anos, curiosamente, concebida, escrita, realizada e protagonizada por pessoas com larguíssima experiência no formato. Em 16 episódios, cabiam todos os clichés ridículos que reconhecemos

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