O que aconteceu à comédia romântica? Em tempos, Hollywood enriqueceu às custas do género, no entanto, com a "normali z ação" dos blockbusters (outrora, símbolos dos meses de verão e da quadra natalícia, mas, praticamente ausentes do calendário no resto do ano), esses filmes parecem ter desaparecido do alinhamento anual dos estúdios norte-americanos. Em 2022, a Paramount e a Universal ousaram contrariar essa tendência, com "A Cidade Perdida" e "Bilhete Para o Paraíso", respetivamente. Duas produções à moda antiga que, no papel, pelo menos, reuniam todos os elementos que nos habituamos a associar ao género (nomeadamente, um par de estrelas charmosas, a oscilar numa dinâmica de "amor-ódio" até à conclusão, um cenário exótico e, claro, uma extensa galeria de personagens secundárias coloridas). E se, "A Cidade Perdida", não encaixando em nenhuma definição corrente de brilhantismo, o sedu z iu com o seu hábil cruzamento de comédia romântica e