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A mostrar mensagens de julho, 2022

CRÍTICA - "DC LIGA DOS SUPERPETS"

Conhecemos os membros da Liga da Justiça (Super-Homem, Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman, Flash, Cyborg e Green Lantern) … Mas, então, e os seus animais de estimação? Pois bem, em “DC Liga dos Superpets”, ficamos a conhecer Krypto (Dwayne Johnson), o cão do Super-Homem (John Krasinski). Ambos possuem uma poderes sobre-humanos, contudo, aquilo que os une são os habituais laços de familiaridade que todos desenvolvemos com os nossos pequenotes. Porém, à medida que o Super-Homem se aproxima da namorada Louis Lane (Olivia Wilde), que pretende pedir em casamento, Krypto, que nunca criou nenhum tipo de relação com outro ser, começa a sentir-se secundarizado... Entretanto, algures em Metropolis, uma porquinha-da-Índia (Kate McKinnon), com um ódio muito particular pelo Super-Homem e Krypto, ocupa o seu quotidiano a afinar um plano maquiavélico, que obrigará Krypto a aliar-se a um conjunto de animais abandonados, recentemente, abençoados com super-poderes, que sofrem da mesma insegurança (e soli

CRÍTICA - "CREPÚSCULO"

De que falamos quando falamos em cinema mexicano? De Guillermo del Toro, Alejandro González Iñárritu e Alfonso Cuarón? Inquestionavelmente, mas, também do controverso Michel Franco. Ao contrário do trio supracitado, Franco ainda nunca teve um êxito de bilheteira, no entanto, os seus filmes têm desencadeado muito burburinho entre os cinéfilos mais atentos. Uns amam-no, outros odeiam-no, mas, ninguém saiu indiferente de títulos como “As Filhas de Abril” ou “Nova Ordem”. Em “Crepúsculo”, encontramo-lo em Acapulco, no México, a acompanhar Neil Bennett (Tim Roth). Franco demora a oferecer-nos detalhes concretos acerca da identidade do seu protagonista, mantendo-o, permanentemente, envolto numa névoa de mistério. Conhecemo-lo num hotel faustosamente luxuoso, onde passa o verão com a irmã Alice (Charlotte Gainsbourg) e os sobrinhos Colin (Samuel Bottomley) e Alexa (Albertine Kotting McMillan). Eles divertem-se imenso, enquanto ele morre de aborrecimento. Aconteça o que acontecer, Neil parece

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CRÍTICA - "ESTRADA FORA"

Recentemente, os realizadores Mohammad Rasoulof e Mostafa Al-Ahmad foram encarcerados no Irão, enquanto protestavam contra a violência desproporcionada utilizada pelas autoridades (#put_your_gun_down) na repressão de manifestações na cidade de Abadan, na sequência de protestos populares pelo desabamento de um prédio que fez quarenta e uma vítimas mortais. A 9 de julho, a Variety publicou um artigo sobre o assunto, onde referia que Rasoulof e Al-Ahmad eram representantes de uma tomada de posição assinada por 70 outros membros da comunidade cinematográfica iraniana. Dois dias mais tarde, Jafar Panahi, porventura, o vulto máximo da produção local (pelo menos, desde o falecimento de Abbas Kiarostami), dirigiu-se ao procurador encarregado de tratar do caso, sendo também aprisionado. Panahi, recorde-se, além de já ter sido encarcerado em 2010, foi nesse mesmo ano punido com a interdição de filmar durante duas décadas, o que, felizmente, não se concretizou, uma vez que, em 2010, enquanto agua

CRÍTICA - "QUE MAL FIZEMOS TODOS A DEUS?"

Em 2014, “Que Mal Fiz Eu A Deus?”, de Philippe de Chauveron, tornou-se num fenómeno de popularidade um pouco por toda a Europa. Nele, acompanhávamos Claude (Christian Clavier) e Marie Verneuil (Chantal Lauby), um casal conservador, que sonha ver as filhas a constituir família com alguém que encaixe nos seus parâmetros estritamente tradicionais. Contudo, esse seu desejo nunca se concretizou. Odile (Julie Piaton) escolheu David (Ary Abittan), um empresário judeu, Isabelle (Frédérique Bel) ficou com Rachid (Medi Sadoun), um advogado de origem argelina, enquanto Ségolène (Émilie Caen) optou por Chao (Frédéric Chau), um gestor chinês. Falta a quarta filha, Laure (Élodie Fontan) que, no primeiro capítulo da franquia, anunciava o seu casamento com Charles (Noom Diawara), um ator africano. A notícia desencadeou uma reação extremamente negativa da parte do casal Verneuil, mas, numa reviravolta inesperada, também não caiu bem a André (Pascal Nzonzi) e Madeleine (Salimata Kamate) Koffi, os pais d

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CRÍTICA - "A DOIS MINUTOS DO INFINITO"

Kato (Kazunari Tosa) vive num apartamento em cima do café de que é proprietário. Um dia, depara-se com um algo desconcertante: recebe, no seu computador, uma mensagem de vídeo, enviada pelo próprio dois minutos no futuro. Essa transmissão é possibilitada pela televisão que existe no café e tem uma diferença temporal de apenas 120 segundos. Juntamente com Aya (Riko Fujitani), sua empregada no café, e um pequeno grupo de amigos, Kato começa a explorar este estranho fenómeno, desencadeando muitas e bizarras ocorrências… Rodado com um iPhone, num só cenário e num único plano contínuo pelo japonês Junta Yamaguchi, “A Dois Minutos do Infinito” encontra-se a meio-caminho entre o “Primer”, de Shane Carruth, e o “One Cut of the Dead”, de Shin'ichirô Ueda (ele que, entretanto, se confessou um fervoroso fã de “A Dois Minutos do Infinito”), combinando a abordagem minimalista do primeiro a conceitos clássicos da ficção-cientifica, com o tom cómico do segundo, sempre disposto a subverter situaçõ

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(EXCLUSIVO CINEMA CITY) OUTRAS ESTREIAS: (EXCLUSIVO MEDEIA FILMES)

CRÍTICA - "I COMETE - UM VERÃO NA CÓRSEGA"

Reminiscente de “Tampopo” e “Slacker”, “I Comete”, a primeira longa-metragem de Pascal Tagnati (encontramo-lo, recentemente, no elenco de “Laranjas Sangrentas”), aparece nas nossas salas de cinema, em plena canícula, para nos oferecer a oportunidade de passar um verão na Córsega. Em “I Comete”, existem resquícios de uma estrutura narrativa, no entanto, isso pouco interessa a Tagnati, que dedica a sua atenção a retratar pequenas vinhetas, quase sempre protagonizadas por personagens diferentes (embora, cheguem a existir algumas que reaparecem pontualmente), que lidam com assuntos do quotidiano, seja uma família que se desagrega, dois irmãos que entendem que a relação incestuosa que mantêm se aproxima do fim ou um homem que tenta cultivar uma espécie de “caso amoroso” com uma camgirl . Sobre a Coca-Cola, Fernando Pessoa terá dito que “primeiro se estranha e depois se entranha”. Podemos aplicar a mesma expressão a “I Comete”, um filme que começa mesmo por parecer difuso e inconsequente, ma

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CRÍTICA - "A LEI DE TEERÃO"

No Irão, a pena para a posse de drogas ilegais, independentemente da quantidade, é a morte. O que não impede o número de toxicodependentes de subir vertiginosamente de ano para ano. Aquando da produção de “A Lei de Teerão”, estima-se que existissem cerca de 6.5 milhões de consumidores (“Just 6.5” é, aliás, o título internacional do filme). Desconcertado com essa realidade, o realizador e argumentista Saeed Roustayi resolveu rodar este policial, a meio-caminho entre Friedkin e Shakespeare. Nele, acompanhamos Samad (Payman Maadi), um polícia na brigada de narcóticos em Teerão, uma cidade iraniana a “transbordar” de toxicodependentes, muitos dos quais sem-abrigo. A principal prioridade de Samad é encontrar Nasser Khakzad (Navid Mohammadzadeh), um barão da droga local. Depois de muitas tentativas, consegue finalmente localizá-lo, encontrando-o depois de uma tentativa de suicídio falhada, porventura, vencido pela riqueza exacerbada que conseguiu acumular. Nada disto é linear, muito menos de

CRÍTICA - "MÍNIMOS 2: A ASCENSÃO DE GRU"

A COVID-19 continua aí, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia permanece na ordem do dia, os tiroteios multiplicam-se nos EUA e, por consequência, da mais recente decisão do Supremo Tribunal norte-americano, o aborto começa a ser problematizado novamente. Resumidamente, o mundo ultrapassa um período negro, portanto, nunca precisámos tanto dos Mínimos, a comunidade de incontáveis seres amarelos, em forma de comprimido e cor de banana, possuidores de um sentido de lealdade canina que os impede de abandonar o seu chefe. Em “Mínimos 2: A Ascensão de Gru”, encontramo-nos em 1976, quando o pequeno Gru (Steve Carrell/Manuel Marques), de apenas 11 anos (e três quartos), sonha em tornar-se num supervilão. Um dia, vê uma oportunidade de se juntar aos 6 Selvagens, uma excêntrica equipa de malfeitores, cujos membros tanto incluem uma freira manejadora de matracas, como um fora-da-lei com uma pata de lagosta gigante em vez de um braço. No entanto, tudo corre mal para o jovem Gru, que se vê no meio d

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