Avançar para o conteúdo principal
Crítica: "Mission: Impossible - Rogue Nation" ("Missão: Impossível - Nação Secreta"), de Christopher McQuarrie



Realização: Christopher McQuarrie
Argumento: Christopher McQuarrieDrew Pearce
Elenco: Tom Cruise, Jeremy Renner, Simon PeggRebecca FergusonVing RhamesSean Harris
Género: Ação/Aventura/Thriller
Duração: 131 Minutos
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 13/08/2014
Facebook Oficial | Site Oficial | IMDB

A saga "Missão: Impossível" chegou ao quinto episódio, e fê-lo com elegância: escrito e dirigido pelo norte-americano Christopher McQuarrie (argumentista de "Os Suspeitos do Costume"), "Missão: Impossível - Nação Secreta" (título original: "Mission: Impossible - Rogue Nation") é um excelente thriller de espionagem, sustentado pelo trabalho de um elenco de luxo. Com a IMF desmantelada e Ethan Hunt (Tom Cruise) excluído, a equipa enfrenta uma rede de agentes especiais extremamente qualificados, o Sindicato. Estes operacionais altamente treinados estão determinados em criar uma nova ordem mundial, através de uma série de ataques terroristas. Ethan reúne a sua equipa e junta forças com Faust (Rebecca Ferguson), uma agente britânica excluída, que pode ou não ser membro desta nação secreta, com o grupo a fazer face à missão mais impossível de sempre. Combinando uma teia narrativa inteligente e arrojada, com uma série de sequências de ação muitíssimo bem coreografadas e captadas, esta nova "Missão" é um exemplo perfeito de que quando bem executado, os atributos do chamado "cinema espectáculo" estão longe de se esgotar na mera acumulação de efeitos visuais.


Classificação: 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10
Texto de Miguel Anjos

Comentários

Mensagens populares deste blogue

"Destroyer: Ajuste de Contas" O falhanço financeiro de um duo de produções conturbadas (“Aeon Flux” e “O Corpo de Jennifer”) remeteram Karyn Kusama a um silêncio demasiado longo. No entanto, em 2016, reencontrámo-la aos comandos de um filme francamente impressionante. Chamava-se “The Invitation” e convidava-nos a entrar na intimidade fantasmática de um homem que não conseguia ultrapassar um acontecimento traumático que o destruiu. Passou completamente ao lado do circuito comercial, contudo, tornou-se num fenómeno de culto em homevideo e deu visibilidade suficiente à sua autora para lhe permitir filmar com um orçamento mais alto (9 milhões), o apoio de um estúdio interessado em auxiliar cineastas ousados (a Annapurna) e um elenco preenchido por nomes sonantes para filmar o seu magnum opus , ou como diriam os românticos alemães do século XIX a sua Gesamtkunstwerk (“obra de arte total”). Trata-se do conto sanguinolento e melancólico de Erin Bell (Nicole Kidman). Uma
"Clímax", de Gaspar Noé Nos primeiros minutos de “Clímax” é-nos providenciado um plano aéreo de uma mulher ensanguentada a percorrer um mar de neve, eventualmente caindo prostrada no branco e nele se distendendo. É a chamada  god’s eye view , um enquadramento da visão divina, que contempla as minúsculas romagens humanas lá do alto, sempre com indiferença. Essa vista alonga-se, para encontrar uma árvore, numa panorâmica lenta que vai abrindo caminho para o horizonte, orientando-se de tal modo que coloca a rapariga no céu e, por conseguinte, Deus na terra. Ainda não terminaram os segundos iniciais da sexta longa-metragem de Gaspar Noé e o mesmo já declarou que as imagens delirantes a que seremos expostos nos seguintes 95 minutos, se encontraram num intervalo permanente e perturbante entre o olhar distante de um qualquer Deus terreno e a lógica sacralizadora de um artista em busca de sensações viscerais. Caso restem dúvidas, o ecrã é imediatamente apoderado por uma
"Juliet, Nua", de Jesse Peretz Quando uma comédia romântica funciona mesmo muito bem, dão-se dois acontecimentos intrinsecamente interligados. Primeiro, começamos a acreditar nas personagens em causa, e a reconhecermo-nos nelas. Segundo, os apontamentos humorísticos convencem-nos tão bem do ambiente de aparente ligeireza, que somos completamente surpreendidos, quando a narrativa nos confronta com temáticas sérias. Felizmente, “Juliet, Nua” constitui mesmo um desses pequenos milagres. Um olhar, simultaneamente, melancólico e hilariante sobre um trio de indivíduos, que tentam encontrar o melhor caminho possível para a felicidade, dentro das situações francamente complexas, que os “assombram”. Resumindo de maneira necessariamente esquemática, esta é a história de Annie (a sempre confiável Rose Byrne), uma mulher de meia-idade, oriunda de uma pequena vila britânica, daquelas onde nunca nada parece acontecer, que namora com o intelectual Duncan (Chris O’Dowd)