Crítica: Os Mercenários 3 (The Expendables 3), de Patrick Hughes
Em 2010 o australiano Patrick Hughes, acérrimo fã de obras de ação dos anos 70,80, e 90 (fitas da escola Stallone, Willis, Schwarzeneger, entre outras), decidiu hipotecar a sua casa de modo a conseguir produzir o filme "Red Hill", que funcionava como uma espécie de homenagem a essas películas, que o inspiraram durante a sua infância, no meio disto tudo eventualmente o filme chegou às mãos de Sylvester Stallone que o adorou. Agora quatro anos depois o ator contratou Hughes para dirigir o terceiro capítulo desta sua saga, e fez bem, porque "Os Mercenários 3", não só é um excelente filme como é o único capítulo da trilogia que consegue finalmente acertar naquele espírito das já mencionadas obras que fizeram dos seus atores estrelas.
E não, não quero de todo com isto dizer que os filmes anteriores da saga foram maus, longe disso tanto um como outro tiveram variados atributos, mas também acabaram por se tornar "filmes de homenagem" que tentavam recriar aquele tom das fitas de ação do século passado, acabando sempre, no entanto, por canalizar um ambiente mais próximo do grindhouse (no caso da primeira) ou do trash (no caso da segunda). Já a sensação que nos proporciona esta obra de Patrick Hughes é a mesma que temos a ver filmes como "Rambo" ou "Die Hard", conferindo-lhe assim um tom adequadamente tenso e brutal (mesmo sendo esta a primeira obra da saga a ser classificada como sendo para M/12), e sendo capaz de o manter sempre empolgante.
Já quantos aos atores, é certo que ninguém vem ver um filme desta linha para assistir a grandes interpretações, porém aquela química entre as estrelas que já estava presente nos capítulos anteriores continua aqui, e no que diz respeito às novas adições são meritórios de destaque Antonio Banderas e Mel Gibson, o primeiro é hilariante em cada cena em que aparece, fornecendo assim uma boa dose de humor a um filme que (ao contrário do seu predecessor) é maioritariamente sério, e o segundo a pegar numa personagem construída à base de clichés vários e a oferecer-lhe uma nova roupagem, tornando o seu Conrad Stonebanks um vilão verdadeiramente ameaçador. Também dignas de menção são as cenas de ação, tipicamente exageradas e impressionantes, e desenvolvimento que o guião confere a algumas personagens, algo pouco comum na saga até agora.
E, no geral "Os Mercenários 3" funciona na perfeição como aquilo que quer ser, um empolgante thriller de ação, à moda antiga, com uns ótimos salpicos de humor, que faz jus às obras do género, que no passado fizeram dos seus protagonistas as estrelas que são hoje.
8/10
Em 2010 o australiano Patrick Hughes, acérrimo fã de obras de ação dos anos 70,80, e 90 (fitas da escola Stallone, Willis, Schwarzeneger, entre outras), decidiu hipotecar a sua casa de modo a conseguir produzir o filme "Red Hill", que funcionava como uma espécie de homenagem a essas películas, que o inspiraram durante a sua infância, no meio disto tudo eventualmente o filme chegou às mãos de Sylvester Stallone que o adorou. Agora quatro anos depois o ator contratou Hughes para dirigir o terceiro capítulo desta sua saga, e fez bem, porque "Os Mercenários 3", não só é um excelente filme como é o único capítulo da trilogia que consegue finalmente acertar naquele espírito das já mencionadas obras que fizeram dos seus atores estrelas.
E não, não quero de todo com isto dizer que os filmes anteriores da saga foram maus, longe disso tanto um como outro tiveram variados atributos, mas também acabaram por se tornar "filmes de homenagem" que tentavam recriar aquele tom das fitas de ação do século passado, acabando sempre, no entanto, por canalizar um ambiente mais próximo do grindhouse (no caso da primeira) ou do trash (no caso da segunda). Já a sensação que nos proporciona esta obra de Patrick Hughes é a mesma que temos a ver filmes como "Rambo" ou "Die Hard", conferindo-lhe assim um tom adequadamente tenso e brutal (mesmo sendo esta a primeira obra da saga a ser classificada como sendo para M/12), e sendo capaz de o manter sempre empolgante.
Já quantos aos atores, é certo que ninguém vem ver um filme desta linha para assistir a grandes interpretações, porém aquela química entre as estrelas que já estava presente nos capítulos anteriores continua aqui, e no que diz respeito às novas adições são meritórios de destaque Antonio Banderas e Mel Gibson, o primeiro é hilariante em cada cena em que aparece, fornecendo assim uma boa dose de humor a um filme que (ao contrário do seu predecessor) é maioritariamente sério, e o segundo a pegar numa personagem construída à base de clichés vários e a oferecer-lhe uma nova roupagem, tornando o seu Conrad Stonebanks um vilão verdadeiramente ameaçador. Também dignas de menção são as cenas de ação, tipicamente exageradas e impressionantes, e desenvolvimento que o guião confere a algumas personagens, algo pouco comum na saga até agora.
E, no geral "Os Mercenários 3" funciona na perfeição como aquilo que quer ser, um empolgante thriller de ação, à moda antiga, com uns ótimos salpicos de humor, que faz jus às obras do género, que no passado fizeram dos seus protagonistas as estrelas que são hoje.
8/10
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