Crítica: Se Eu Ficar (If I Stay), de R.J. Cutler
Três meses depois do retumbante sucesso de "A Culpa É Das Estrelas", Hollywood volta a lançar mais uma obra romântica baseada numa obra literária, classificada como "juvenil" que mais uma vez surpreende pela forma genuína e tocante como subverte os habituais clichés do género de modo a criar um filme profundamente humano e tocante, onde o espectador se pode facilmente identificar como a sua peculiar (no bom sentido) e interessante narrativa que aqui é separada entre flashbacks e acontecimentos do presente, tudo isto sem nunca parecer desconexo ou desorganizado, o que é bom, muito bom, e difícil de fazer. Porém Cutler e a sua argumentista conseguem-no por saberem exatamente onde um guião para um drama neste linha se deve focar, ou seja, nas personagens. Em "Se Eu Ficar" são elas as mais importantes e por isso, o argumento certifica-se que as mesmas são constantemente desenvolvidas, e não apenas as principais, como por vezes é o (irritante) hábito, aqui todos são igualmente importantes, e tal desenvolvimento só torna a narrativa mais envolvente, e para isto a obra de Cutler tem a ajuda de um excelente elenco, que vai desde os dois protagonistas (Chloe Grace Moretz e Jamie Blackley) a apresentarem aqui uma excelente química que oferece uma enorme credibilidade ao casal que interpretam, até aos secundários com Joshua Leonard, Mireille Enos, Stacy Keach, e Liana Liberato a trazerem uma emoção extra a alguns pequenos, porém fulcrais momentos da história, trazendo-lhes um impacto substancialmente maior.
E no todo é precisamente por isso que "Se Eu Ficar" acaba por surpreender, pelo impacto que tem no seu espetador tornando aquilo que poderia ser uma história de amor banal, sem grande coração, numa obra genuína, tocante, e difícil de esquecer, onde os momentos melancólicos nunca são lamechas, e a ocasional comédia nunca é forçada, acima de tudo esta obra é sobre pessoas normais com vidas imperfeitas (como todos nós), e as suas respetivas relações com aqueles que as rodeiam, é sobre o amor, sobre a perda, e sobre o receio, e acima de tudo fica com quem o vê, por algum tempo, e só isso já é um enorme elogio.
9/10
Três meses depois do retumbante sucesso de "A Culpa É Das Estrelas", Hollywood volta a lançar mais uma obra romântica baseada numa obra literária, classificada como "juvenil" que mais uma vez surpreende pela forma genuína e tocante como subverte os habituais clichés do género de modo a criar um filme profundamente humano e tocante, onde o espectador se pode facilmente identificar como a sua peculiar (no bom sentido) e interessante narrativa que aqui é separada entre flashbacks e acontecimentos do presente, tudo isto sem nunca parecer desconexo ou desorganizado, o que é bom, muito bom, e difícil de fazer. Porém Cutler e a sua argumentista conseguem-no por saberem exatamente onde um guião para um drama neste linha se deve focar, ou seja, nas personagens. Em "Se Eu Ficar" são elas as mais importantes e por isso, o argumento certifica-se que as mesmas são constantemente desenvolvidas, e não apenas as principais, como por vezes é o (irritante) hábito, aqui todos são igualmente importantes, e tal desenvolvimento só torna a narrativa mais envolvente, e para isto a obra de Cutler tem a ajuda de um excelente elenco, que vai desde os dois protagonistas (Chloe Grace Moretz e Jamie Blackley) a apresentarem aqui uma excelente química que oferece uma enorme credibilidade ao casal que interpretam, até aos secundários com Joshua Leonard, Mireille Enos, Stacy Keach, e Liana Liberato a trazerem uma emoção extra a alguns pequenos, porém fulcrais momentos da história, trazendo-lhes um impacto substancialmente maior.
E no todo é precisamente por isso que "Se Eu Ficar" acaba por surpreender, pelo impacto que tem no seu espetador tornando aquilo que poderia ser uma história de amor banal, sem grande coração, numa obra genuína, tocante, e difícil de esquecer, onde os momentos melancólicos nunca são lamechas, e a ocasional comédia nunca é forçada, acima de tudo esta obra é sobre pessoas normais com vidas imperfeitas (como todos nós), e as suas respetivas relações com aqueles que as rodeiam, é sobre o amor, sobre a perda, e sobre o receio, e acima de tudo fica com quem o vê, por algum tempo, e só isso já é um enorme elogio.
9/10
Comentários
Enviar um comentário