Crítica: "O Principezinho", de Mark Osborne
Título Original: "The Little Prince"
Realização: Mark Osborne
Argumento: Irena Brignull, Bob Persichetti
Elenco: (V.O.) Rachel McAdams, Paul Rudd, James Franco, Marion Cotillard, Benicio Del Toro, Mackenzie Foy, Jeff Bridges, Riley Osborne (V.P.) Rita Blanco, Rui Mendes, Joana Ribeiro, Francisco Monteiro, Paulo Pires, Henrique Amaro
Género: Animação, Fantasia
Duração: 108 minutos
País: França
Ano: 2015
Data De Estreia (Portugal): 03/12/2015
Classificação Etária: M/6
Facebook Oficial | Site Oficial | IMDB
Título Original: "The Little Prince"
Realização: Mark Osborne
Argumento: Irena Brignull, Bob Persichetti
Elenco: (V.O.) Rachel McAdams, Paul Rudd, James Franco, Marion Cotillard, Benicio Del Toro, Mackenzie Foy, Jeff Bridges, Riley Osborne (V.P.) Rita Blanco, Rui Mendes, Joana Ribeiro, Francisco Monteiro, Paulo Pires, Henrique Amaro
Género: Animação, Fantasia
Duração: 108 minutos
País: França
Ano: 2015
Data De Estreia (Portugal): 03/12/2015
Classificação Etária: M/6
Facebook Oficial | Site Oficial | IMDB
Adaptar um clássico da literatura é sempre uma tarefa difícil, por razões mais ou menos óbvias (as grandes histórias têm, por norma, legiões de fãs acérrimos muito "picuinhas" em relação à primeira versão dos acontecimentos, que, à mínima contrariedade se tornam extremamente hostis), especialmente se estivermos a falar de uma obra com herança temática e simbólica de "O Principezinho", de Antoine de Saint-Exupéry (cuja primeira edição data de 1943). Tendo isto dito, a fita assinada por Mark Osborne (americano que dirigiu, por exemplo, "O Panda do Kung Fu", em 2008) é um verdadeiro triunfo, uma produção francesa que mistura dois registos de animação distintos (um mais corrente, digital, precisamente, para figurar a vida da menina que ocupa o centro da história; outro assumidamente primitivo, valorizando o desenho tradicional e as técnicas do stop-motion), que se materializam num filme nostálgico, poético e, até, mágico...
Fiel, não à letra, mas ao espírito de Saint-Exupéry, o cineasta reinventa o legado da obra original, partindo de uma perspetiva contemporânea onde seguimos a história de uma rapariga que cresce numa sociedade que valoriza o sucesso profissional acima de qualquer outra coisa e onde as crianças não têm tempo para brincar (nem para sonhar, já agora). Porém, tudo muda quando esta jovem vai morar para um novo bairro onde conhece um vizinho excêntrico, saído de outro tempo, um Aviador (uma representação animada de Saint-Exupéry) que possui uma enorme capacidade de sonhar, e é ele quem introduz a história do principezinho como a conhecemos. O argumento assume assim duas narrativas, tratando-se de um filme dentro de um filme, que vai encontrando momentos para desenvolver a saga do principezinho.
"O Principezinho", trata-se, portanto, de uma obra prodigiosa, com uma delicadeza e ternura que seduzem de imediato e uma inteligência e capacidade de conjugar temáticas como a solidão, o amor e a condição humana com um sentido de humor irresistível, tornando-se assim num dos melhores e mais sofisticados filmes que teremos o prazer de ver este ano (sejam eles de animação ou imagem real). Além disso, importa notar, que este é mais um exemplo de uma já longa lista de fitas de animação recentes (outros exemplos incluem "A Ovelha Choné - O Filme" ou "A Viagem de Arlo"), que para além de entreterem os seus espetadores, também se preocupam em transmitir-lhes valores e abordar temas importantes que são absolutamente universais, e isso é admirável e merece ser apoiado.
Classificação: 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10
Texto de Miguel Anjos
Comentários
Enviar um comentário