Crítica: "Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça", de Zack Snyder
Título Original: "Batman v Superman: Dawn of Justice"
Realização: Zack Snyder
Argumento: Chris Terrio, David S. Goyer
Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill, Amy Adams, Jesse Eisenberg, Diane Lane, Laurence Fishburne, Jeremy Irons, Holly Hunter, Gal Gadot, Scoot McNairy
Género: Ação, Aventura, Fantasia
Duração: 152 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 24/03/2016
Título Original: "Batman v Superman: Dawn of Justice"
Realização: Zack Snyder
Argumento: Chris Terrio, David S. Goyer
Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill, Amy Adams, Jesse Eisenberg, Diane Lane, Laurence Fishburne, Jeremy Irons, Holly Hunter, Gal Gadot, Scoot McNairy
Género: Ação, Aventura, Fantasia
Duração: 152 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 24/03/2016
Antes de mais, e porque, sejamos sinceros, não vale a pena perder tempo com uma longa e elaborada introdução, importa sublinhar o essencial: "Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça" é um épico como há muito não se via, um drama negríssimo sobre o poder e as suas ramificações, disfarçado de filme de super-heróis, que tem mais interesse em explorar a psique dos seus protagonistas do que em elaborar grandiosas sequências de ação (embora também as haja, mas já lá vamos). A história tem lugar dois anos depois dos eventos trágicos que encerraram "Homem de Aço", onde o Super-Homem se tornou numa personalidade deveras controversa. Para alguns, uma figura messiânica e um ícone de esperança, para outros, um falso deus e uma ameaça para a raça humana. É neste último grupo que se inclui Bruce Wayne (vivido por um Ben Affleck irrepreensível), o milionário de Gotham, que decide rumar até Metropolis para impedir a destruição que julga ser eminente. O argumento de Chris Terrio (que já tinha escrito o excelente "Argo") e David S. Goyer (um veterano nestas andanças dos super-heróis), levam o seu tempo a trabalhar as personagens que se vão confrontar e, acima de tudo, as situações que o vão provocar e o elenco impecável, especialmente nos secundários, onde Jesse Eisenberg brilha ao construir um vilão perverso e calculista, enquanto que Amy Adams dá calor e coração a uma intriga que se passa, maioritariamente, em cantos frios e obscuros. Mas que cantos são esses afinal? Pois bem, são os cantos da mente, da alma e é lá que se dão as mais sangrentas batalhas, desde os pesadelos recorrentes de Batman com um apocalipse que falhou em impedir à jornada de Clark Kent que, apesar de todo-poderoso, ainda está a procura do seu lugar na Terra, entre os homens. Uma nota final para o homem por detrás de tudo isto, Zack Snyder que é dos cineastas mais talentosos (como o prova, por exemplo, o seu "300" que se conta entre os filmes mais influenciais do século) e subvalorizados da atualidade, e que aqui volta a dar provas de vitalidade ao encenar um espetáculo cinematográfico estonteante que é, afinal, uma fascinante fábula sobre o nosso mundo e as pessoas que nele habitam.
Texto de Miguel Anjos
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