Crítica (MOTELX 2016): "Psycho Raman", de Anurag Kashyap
Título Original: "Psycho Raman" aka "Raman Raghav 2.0"
Realização: Anurag Kashyap
Argumento: Vasan Bala, Anurag Kashyap
Elenco: Nawazuddin Siddiqui, Vicky Kaushal, Sobhita Dhulipala
Género: Crime, Drama, Thriller
Duração: 123 minutos
Título Original: "Psycho Raman" aka "Raman Raghav 2.0"
Realização: Anurag Kashyap
Argumento: Vasan Bala, Anurag Kashyap
Elenco: Nawazuddin Siddiqui, Vicky Kaushal, Sobhita Dhulipala
Género: Crime, Drama, Thriller
Duração: 123 minutos
Crítica: Que belíssima e inesperada surpresa! Proveniente da cinematografia indiana, que tão mal conhecemos, chegou ao MOTELX a mais recente longa-metragem de um dos mais influentes cineastas locais, Anurag Kashyap: "Psycho Raman", um thriller eletrizante (com ecos de Scorsese, Fincher ou Mann), que segue o percurso do serial killer Ramanna (uma performance notável de Nawazuddin Siddiqui), inspirado em Raman Raghav, o assassino que aterrorizou a cidade de Bombaim nos anos 60, tendo sido responsável pela morte de 41 pessoas e, da sua estranha obsessão com Raghav (composição primorosa de Vicky Kaushal), um jovem polícia com um comportamento autodestrutivo. Com um argumento (dividido em oito capítulos) bem escrito e uma dupla de protagonistas a roçar a perfeição (os dois só se encontram verdadeiramente uma vez, naquela que é a melhor cena da fita), "Psycho Raman" tem muitíssimos atributos que dele fazem uma das mais recomendáveis propostas desta edição do festival lisboeta, mas não há como negar que o maior de todos eles é o magistral trabalho de realização de Kashyap (rosto pioneiro daquilo a que alguns críticos chamam de Mumbai Noir), que imprime um ritmo frenético a esta sua história de fascínio (diríamos até, de amor) entre dois homens de universos diametralmente opostos que são afinal mais parecidos do que seria de esperar (Raghav é tão monstruoso como o assassino que persegue, quer queira aceitá-lo ou não), descobrindo no processo algo que nunca pensamos ver: uma história de polícias corruptos e serial killers, simultaneamente, original, intimista e extremamente perturbadora.
Filme Visionado no MOTELX 2016
Texto de Miguel Anjos
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