Crítica: "Homem-Aranha: Regresso a Casa", de Jon Watts
Título
Original: "Spider-Man:Homecoming"
Realização: Jon Watts
Argumento: Jonathan Goldstein, John Francis Daley, Jon Watts, Christopher Ford, Chris McKenna, Erik Sommers
Elenco: Tom Holland, Michael Keaton, Robert Downey Jr.
Género: Comédia, Ação, Aventura, Ficção-Cientifica
Duração:
133 minutos
Distribuição:
Big Picture Films
Classificação
Etária: M/12
Data de
Estreia (Portugal): 06/07/2017
O Homem-Aranha continua a ser uma figura omnipresente
no panorama cinematográfico, com a sua sexta longa-metragem em quinze anos. E,
num tempo, em que os desapontantes capítulos anteriores ainda ecoam na memória
de muitos espetadores, a novíssima aventura com chancela da Sony Pictures, necessitaria
de responder a uma questão fulcral: Será que ainda há histórias para contar
neste universo ou, apenas variações daquilo que já foi visto e revisto, nos
cinco capítulos anteriores? Bom, quando confrontados com um objeto como este Regresso a Casa, torna-se evidente, que
a resposta está inerentemente ligada ao autor em questão e, a escolha de um
jovem talentoso como Jon Watts (saído do belíssimo Carro da Polícia, que cruzava Sam Peckimpah e Steven Spielberg com
graça e elegância), prova que se houver inspiração, ainda há material para
construir histórias interessantes. É o caso deste curiosíssimo acontecimento,
que coloca um jovem Peter Parker (Tom Holland, num modo de adolescente
constantemente entusiasmado), no centro de uma hilariante comédia à moda de
John Hughes, que combina na perfeição os obrigatórios elementos de aventura e ficção-cientifica,
com as regras do "filme de liceu". Fugindo ao negrume que tem vindo a
pautar os super-heróis modernos, Watts adotou um sentido de humor inocente e genuíno
(onde, não se nota uma pinga de malicia), que juntamente com um argumento
(escrito por seis pessoas), que sabiamente concentra quase toda a ação em
Queens, bairro onde Spidey cresceu, ajuda
a concretizar uma simpatiquíssima fita pipoca para toda a família, que será dos
melhores episódios, que a personagem já protagonizou. Isto, já para não
mencionar o sempre imperial Michael Keaton, como um trabalhador, que se resolve
virar para o mundo do crime, devido a um ressentimento social bastante compreensível.
É, ele quem rouba o filme, com uma prestação ameaçadora e carismática, que nos
oferece um antagonista, que conseguimos compreender.
7/10
Texto de Miguel Anjos
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