Crítica: "Verdade", de James Vanderbilt
Título Original: "Truth"
Realização: James Vanderbilt
Argumento: James Vanderbilt
Elenco: Cate Blanchett, Robert Redford, Topher Grace, Elisabeth Moss, Dennis Quaid
Género: Biografia, Drama
Duração: 125 minutos
País: Austrália | EUA
Ano: 2015
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 07/04/2016
Título Original: "Truth"
Realização: James Vanderbilt
Argumento: James Vanderbilt
Elenco: Cate Blanchett, Robert Redford, Topher Grace, Elisabeth Moss, Dennis Quaid
Género: Biografia, Drama
Duração: 125 minutos
País: Austrália | EUA
Ano: 2015
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 07/04/2016
Argumentista do magnífico "Zodiac" (que, se conta entre os melhores filmes do século XXI), James Vanderbilt faz a sua estreia aos comandos de uma longa-metragem, com uma das boas surpresas da temporada: "Verdade", um excelente filme de investigação jornalística, na tradição de clássicos como "Os Homens do Presidente" (curiosamente, também com Redford num dos principais papéis) ou "Escândalo na TV", que recria um episódio verídico, passado nos meses que antecederam as eleições presidenciais norte-americanas de 2004, quando a produtora da CBS News Mary Mapes (superlativa Cate Blanchett) e o pivô do "60 Minutes", Dan Rather (Robert Redford, perfeito de classe e rigor) se viram sobre um enorme escrutínio, depois de colocarem no ar uma peça com provas que demonstravam que o Presidente George W. Bush tinha evitado o serviço militar, entre 1968 e 1974. Trata-se de um exemplo manifestamente curioso de um certo "cinema liberal" (o que, importa notar, não designa um espaço partidário, mas sim uma visão através da qual os filmes se arriscam questionar os fundamentos das instituições democráticas), que durante muitos anos dominou a produção americana e, nos últimos anos, tem andado ausente. Assim, estamos perante um belo filme que recupera uma importante tradição narrativa que não desiste de observar e repensar o mundo à sua volta. Em conclusão, uma estreia bastante sólida que marca Vanderbilt como um cineasta promissor, ou seja, vale a pena esperarmos pelo seu segundo filme.
Texto de Miguel Anjos
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