Crítica: "Todos Querem o Mesmo", de Richard Linklater
Título Original: "Everybody Wants Some!!"
Realização: Richard Linklater
Argumento: Richard Linklater
Elenco: Blake Jenner, Juston Street, Ryan Guzman, Tyler Hoechlin, Wyatt Russell, Glen Powell, Temple Baker, J. Quinton Johnson, Will Brittain, Zoey Deutch
Género: Comédia
Duração: 117 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/14
Data De Estreia (Portugal): 28/04/2016
Título Original: "Everybody Wants Some!!"
Realização: Richard Linklater
Argumento: Richard Linklater
Elenco: Blake Jenner, Juston Street, Ryan Guzman, Tyler Hoechlin, Wyatt Russell, Glen Powell, Temple Baker, J. Quinton Johnson, Will Brittain, Zoey Deutch
Género: Comédia
Duração: 117 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: NOS Audiovisuais
Classificação Etária: M/14
Data De Estreia (Portugal): 28/04/2016
É o próprio Richard Linklater quem se refere a este "Todos Querem o Mesmo", como uma "sequela espiritual" de "Juventude Inconsciente", um dos filmes que lançou a sua carreira como um dos mais prolíficos e fascinantes cineastas mundiais. Sendo o outro "Slacker", cuja forma livre inspirou uma geração que se convenceu de que bastava ter uma câmara e uma ideia para criar grande cinema. É claro, porém, que nem todos (isto para não dizer ninguém) tem o talento de Linklater para criação de pequenas histórias sobre gente comum e "Todos" aí está para o provar. Uma comédia geracional deliciosa e ridiculamente divertida, cuja história, ambientada no início dos anos 80, acompanha as aventuras e desventuras de um grupo de estudantes universitários ao longo dos três dias que antecedem o começo do ano letivo. Assim e regressando ao tema nuclear da sua obra, Linklater (acabado de sair do merecidíssimo sucesso crítico de "Boyhood: Momentos de Uma Vida") constrói um filme espirituoso, hilariante e despretensioso, com a energia contagiante de quem vive a vida ao máximo e envolto num comovente sentimento de nostalgia, não fosse este um retrato mais ao menos idealizado dos dias de universitário do cineasta. Além disso, o elenco de jovens maioritariamente pouco conhecidos (embora muitos já tenham aparecido em pequenos papéis em produções de relevo) é excelente (destaque necessário para Wyatt Russell e Glen Powell) e a sua entrega às personagens, em conjunto com o brilhante trabalho de escrita de Linklater, consegue encontrar muita humanidade pelo meio das excentricidades várias das suas personagens. Estamos assim, perante um exemplo maravilhoso do que o cinema pode ser quando feito com o coração: belo, tocante e livre. Um filme colossal, com um olhar doce e poético sobre os tempos de juventude, que deixa um sorriso duradouro na face do espetador, portanto.
Texto de Miguel Anjos
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