Crítica: "Southpaw - Coração de Aço", de Antoine Fuqua
Título Original: "Southpaw"
Realização: Antoine Fuqua
Argumento: Kurt Sutter
Elenco: Jake Gyllenhaal, Rachel McAdams, Forest Whitaker, Oona Laurence, 50 Cent
Género: Ação, Drama, Desporto
Duração: 124 minutos
País: EUA
Ano: 2015
Distribuidor: Pris Audiovisuais
Classificação Etária: M/16
Data De Estreia (Portugal): 07/04/2016
Título Original: "Southpaw"
Realização: Antoine Fuqua
Argumento: Kurt Sutter
Elenco: Jake Gyllenhaal, Rachel McAdams, Forest Whitaker, Oona Laurence, 50 Cent
Género: Ação, Drama, Desporto
Duração: 124 minutos
País: EUA
Ano: 2015
Distribuidor: Pris Audiovisuais
Classificação Etária: M/16
Data De Estreia (Portugal): 07/04/2016
Décima longa-metragem do enorme Antoine Fuqua (que, em 2001, imortalizou o seu nome na história do cinema com o clássico "Dia de Treino"), "Southpaw - Coração de Aço", é uma das grandes surpresas da temporada, um drama adulto, tocante, brutal e dolorosamente realista, na linha dos grandes "filmes de boxe" do século passado, cuja narrativa segue Billy Hope (arrebatador Jake Gyllenhaal, novamente a mostrar que é um dos grandes atores do atual panorama cinematográfico americano), um pugilista que embarca numa longa e tortuosa viagem para reconquistar a guarda e o amor da sua filha e a sua própria redenção, depois de perder a sua mulher (Rachel McAdams) num incidente trágico. À semelhança da restante obra de Fuqua, "Southpaw" é cinema humano, onde o que mais importa são as personagens e a história (apesar de muito bem construída) existe única e exclusivamente para as servir, assim sendo Gyllenhaal (presente em virtualmente todas as cenas) é o filme e vice-versa, e o espetador está com ele desde o início, e nesse aspeto (e por mais incrível que seja o trabalho do ator) é necessário louvar o brilhantismo de Fuqua que encena tudo isto com um equilíbrio perfeito, entre o espetáculo (é inegável, os combates são fabulosos) e o intimismo (o final mais catártico que outra coisa é um exemplo disso mesmo). Assim sendo, esta é mais uma prova que, independentemente, de tudo o resto, o grande cinema continua a ser construído em torno da complexidade dos humanos que estão à frente da câmara.
Texto de Miguel Anjos
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