Crítica: "Money Monster", de Jodie Foster
Título Original: "Money Monster"
Realização: Jodie Foster
Argumento: Jamie Linden, Alan DiFiore, Jim Kouf
Elenco: George Clooney, Julia Roberts, Jack O'Connell
Género: Crime, Drama, Thriller
Duração: 98 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: Big Picture
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 12/05/2016
Título Original: "Money Monster"
Realização: Jodie Foster
Argumento: Jamie Linden, Alan DiFiore, Jim Kouf
Elenco: George Clooney, Julia Roberts, Jack O'Connell
Género: Crime, Drama, Thriller
Duração: 98 minutos
País: EUA
Ano: 2016
Distribuidor: Big Picture
Classificação Etária: M/12
Data De Estreia (Portugal): 12/05/2016
A crise financeira continua a alimentar o cinema norte-americano. Desta feita, através da nova realização de Jodie Foster, chamada "Money Monster", título esse que remete para um programa televisivo de grande audiência, sobre finanças e mercados apresentado por Lee Gates (George Clooney que, para além de protagonizar também produz o filme), um guru da bolsa com um forte sentido de "espetáculo". Porém, no dia em que a sacrificada produtora do programa Patty Fenn (Julia Roberts), se vai despedir para aceitar um cargo num canal rival, Kyle Budwell (Jack O’Donnell, implacavelmente intenso), um jovem que perdeu tudo o que tinha após seguir uma dica supostamente infalível de Gates, consegue entrar no estúdio com uma arma e um colete de explosivos, fazendo refém toda a equipa. O que daí resulta é um filme exemplarmente ambíguo, algures entre o bom velho cinema político hollywoodesco (são notórias as influências de um Oliver Stone, por exemplo) e o thriller de cortar o fôlego, que desmonta as relações perversas entre o mundo financeiro e o espetáculo televisivo (os media não escapam ilesos desta sátira), com uma acidez que surpreende e uma atualidade que perturba e, se é certo que Foster está mais interessada em fazer perguntas do que em procurar respostas, também é verdade que é necessário que haja mais ficção com audácia para desafiar, ou melhor questionar as grandes esferas de poder. Por comparação ao recente "A Queda de Wall Street" (que, também abordava a recessão), este "monstro" é mais contido e resignado, mas até aí ficamos tomados pelo desencanto como nos comunica aquilo que, afinal, já todos sabíamos, ou seja, "contrariamente àquilo que, por vezes, vemos em filmes, só muito dificilmente é que o sistema poderá mudar".
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