Crítica: "Vida Inteligente", de Daniel Espinosa
Título Original: "Life"
Realização: Daniel Espinosa
Género: Terror, Ficção-Cientifica, Thriller
Duração: 113 minutos
Distribuidor: Big Picture Films
Classificação Etária: M/14
Data de Estreia (Portugal): 23/03/2017
Há muitos que descrevem Vida Inteligente, como um cruzamento entre Alien e Gravidade e, embora consigamos encontrar semelhanças suficientes entre esta curiosa aposta Sony para as semanas da Páscoa e, essas duas referências justamente emblemáticas do cinema da ficção-cientifica, importa que encaremos esta fita de Daniel Espinosa como o delicioso acontecimento individual que nela se encerra. Nomeadamente, a reafirmação ou, melhor a celebração de um certo espírito de série B, que o cinema americano de bitola comercial tem vindo a esquecer. E, assim encontramos nesta história de terror, que evoca Del Toro e Carpenter com assinalável eloquência, sobre uma equipa de astronautas que conhecem um parasita alienígena, particularmente perigoso, um certo regresso a um passado pouco distante em que os grandes lançamentos não consistiam única e exclusivamente em fitas de super-heróis e, em que de vez em quando, tínhamos uma pérola como esta que agora surge nas nossas salas. Densamente empolgante, muitíssimo bem atuado (Ryan Reynolds e Jake Gyllenhaal, são particularmente eficazes) e carregado de tensão, que nos aprisiona nesta estação espacial claustrofóbica e arrepiante, com uma economia narrativa que hoje é rara.
8/10
Texto de Miguel Anjos
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