Crítica: "5 to 7" ("Das 5 às 7"), de Victor Levin
"Das 5 às 7", a primeira longa metragem do argumentista Victor Levin (que escreveu episódios de séries como "Doido por Ti" ou "Mad Men") enquanto cineasta, é uma obra curiosa que merece a atenção do espetador (apesar do seu lançamento tímido). Trata-se de uma comédia romântica encantadora, cuja história gira em redor de Brian (Anton Yelchin), um jovem escritor talentoso que conhece a bela Arielle (Bérénice Marlohe) enquanto fuma um cigarro à porta do Hotel St. Regis em Manhattan. Ela é mais velha do que ele, casada, francesa e mãe de dois filhos. Mas nenhum deles consegue resistir ao outro, e, contra o bom senso, iniciam um caso que ocorre das 5 às 7 da tarde. Misturando dois sub-géneros manifestamente diferentes, a chamada "comédia Nova Iorquina" (muito comum no circuito americano do cinema independente) e a, muito europeia, "comédia de costumes (que assenta na criação de humor, tendo como base os conflitos culturais), Levin (que também assina o argumento) filma com elegância e subtileza esta sua "bonita" história sobre a descoberta do primeiro amor (entre duas pessoas de diferentes universos), que vem repleta de diálogos inspirados, onde não falta uma irresístivel "pitada" de sentido de humor erudito (reminiscente de Woody Allen). Um filme a descobrir...
10/10
Miguel Anjos
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